A General Motors revisou para baixo sua previsão de lucro para 2025, segundo anúncio feito nesta quinta-feira (1), após negociações com a Casa Branca relacionadas às tarifas automotivas. Mary Barra, CEO da montadora, comunicou aos acionistas que a empresa continuará em diálogo com o governo de Donald Trump sobre comércio e outras políticas em evolução.
Dois dias após interromper uma projeção feita em janeiro, que não incluía as tarifas, a GM apresentou novas estimativas. As ações da empresa subiram cerca de 1% nas negociações de hoje. A montadora de Detroit agora projeta um lucro operacional ajustado anual entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões. Essa previsão inclui uma exposição a tarifas variando de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões, conforme indicou Paul Jacobson, diretor financeiro da GM, em teleconferência. Aproximadamente US$ 2 bilhões deste montante referem-se a veículos importados da Coreia do Sul, onde são produzidos modelos de entrada das marcas Chevrolet e Buick.
O novo “guidance” sugere que a GM pretende compensar ao menos 30% dos custos tarifários, segundo Jacobson. Ele destacou que desde a eleição, as equipes de fabricação e cadeia de suprimentos da GM estão focadas em estratégias para mitigar impactos tarifários. Medidas adicionais de mitigação, incluindo metas de redução de custos, serão implementadas conforme necessário.
Anteriormente, a previsão de lucro antes de juros e impostos da GM era de US$ 13,7 bilhões a US$ 15,7 bilhões. A expectativa de lucro líquido anual agora está entre US$ 8,2 bilhões e US$ 10,1 bilhões, inferior à faixa de US$ 11,2 bilhões a US$ 12,5 bilhões projetada anteriormente. Além disso, a GM planeja investir cerca de US$ 10 bilhões a US$ 11 bilhões até 2025.