Troyjo aponta três nações ganhando com a guerra comercial

Troyjo aponta três nações ganhando com a guerra comercial Troyjo aponta tres nacoes ganhando com a guerra comercial

Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco dos Brics, em entrevista à CNN • Reprodução/CNN

O ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como o “banco dos Brics”, Marcos Troyjo, afirmou durante um evento da Eurocâmeras em São Paulo que três países podem se beneficiar da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Em declaração à CNN, na quinta-feira, 24 de outubro de 2023, Troyjo destacou que Cingapura, Arábia Saudita e Brasil estão bem posicionados para se beneficiar desse cenário.

Cingapura tem atraído investimentos que antes eram direcionados a cidades como Pequim, Xangai e Shenzhen. A Arábia Saudita, além de sua importância no setor energético, está utilizando seus excedentes para fomentar investimentos. O Brasil, por sua vez, se destaca como um protagonista em segurança alimentar e energética, além de ser um destino prioritário para investimentos sustentáveis.

Durante sua palestra a CEOs e executivos de grandes empresas europeias, Troyjo abordou os desafios impostos pela política tarifária do ex-presidente Donald Trump, que gerou incertezas no cenário global. O economista ainda mencionou que o Brasil traz a vantagem de ter se tornado um dos países menos afetados por tarifas, com uma taxação de 10%.

“Um dos aspectos peculiares do Brasil é que mantém superávit comercial com a China, mas apresenta déficit com os EUA”, ressaltou Troyjo. Ele acredita que a política protecionista dos Estados Unidos está propiciando novas oportunidades comerciais e reconfigurando a globalização, o que pode acelerar a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia.

“A experiência que vivenciamos durante as negociações em 2019, quando o acordo foi inicialmente concluído, mostra que uma política comercial mais restritiva dos EUA incentiva entendimentos comerciais em outras regiões do mundo”, concluiu.

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