O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido em implementar ajustes fiscais de alta qualidade. A afirmação foi feita em um documento enviado ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No relatório, Haddad destacou que o novo arcabouço fiscal adotado tem proporcionado benefícios significativos ao Brasil, substituindo políticas fiscais erráticas.
Segundo o ministro, essa nova estrutura fiscal tem sido crucial para abrir espaço para investimentos em gastos sociais prioritários, além de garantir a sustentabilidade da dívida pública a longo prazo. O posicionamento de Haddad ocorre no contexto das reuniões de Primavera do FMI, que acontecem em Washington, entre esta quinta e sexta-feira.
No entanto, o FMI projeta que o peso da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentará de 87,3% em 2024 para 92% em 2025. A previsão indica uma deterioração de mais de 12 pontos porcentuais durante o governo Lula.
O chefe da economia destacou que o governo estabeleceu metas claras para os gastos sociais, além de criar uma nova regra para assegurar a sustentabilidade fiscal e controlar o aumento das despesas com saláros mínimos, alinhando-as ao novo arcabouço fiscal.
No que diz respeito às receitas, o governo está implementando estratégias para aumentar a progressividade tributária e eliminar subsídios ineficientes que afetam a base tributária. Segundo Haddad, desde o segundo semestre de 2024, uma estratégia de consolidação fiscal gradual tem contribuído para fechar o hiato do produto, em consonância com uma política monetária mais restritiva.
Haddad concluiu enfatizando o compromisso do governo em adotar medidas que promovam o ajuste fiscal sem comprometer os ganhos sociais, contribuindo assim para a redução das desigualdades no país.