O mercado de petróleo registrou alta no encerramento da sessão, com o preço próximo de 2%, influenciado por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder americano reforçou a pressão sobre países para interromperem a compra de petróleo proveniente do Irã.
Os sinais de redução de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a diminuição da demanda da China também foram fatores observados. O contrato do petróleo WTI, para entrega em junho, fechou com alta de 1,77%, ou US$ 1,03, atingindo US$ 59,24 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent, para entrega em julho, subiu 1,75%, ou US$ 1,07, alcançando US$ 62,13 no barril na Intercontinental Exchange (ICE). Ambos os tipos de petróleo se recuperaram após três quedas consecutivas, embora o Brent tenha atingido o menor fechamento desde março de 2021, conforme a Dow Jones Newswires.
Em publicação na Truth Social, Trump afirmou que todas as compras de petróleo ou produtos petroquímicos do Irã devem cessar imediatamente, ameaçando sanções secundárias àqueles que não obedecerem. “Eles não poderão fazer negócios com os EUA de forma alguma”, destacou o presidente.
Essa postura consolidou declarações anteriores de Trump e ilustra o impasse nas negociações nucleares com o Irã, que deseja alívio das sanções em troca de diminuir sua produção nuclear. Uma reunião prevista entre autoridades de ambos os países foi cancelada, segundo a Associated Press.
Dados adicionais vieram de uma pesquisa da Bloomberg indicando uma queda de 200 mil barris por dia na produção da Opep em abril, ainda que uma retomada seja prevista. Além disso, autoridades venezuelanas solicitaram à China que aumente suas compras de petróleo, enquanto o país se prepara para a saída da Chevron e de outras operadoras estrangeiras.
Embora o movimento do petróleo tenha sido afetado pelo aumento do dólar no exterior, a commodities acompanhou o apetite por risco das bolsas de Nova York, em um dia com menor liquidez devido a feriados na Ásia e Europa.