Desempenho de vendas de casas usadas nos EUA despenca em março

Desempenho de vendas de casas usadas nos EUA despenca em março Desempenho de vendas de casas usadas nos EUA despenca em

Anúncios de casas para venda em York County, EUA 29/02/2020. REUTERS/Lucas Jackson/File Photo

As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos apresentaram uma queda significativa em março, ultrapassando as expectativas de analistas e refletindo os impactos negativos dos altos custos de empréstimos. Este cenário pode se agravar, diante das crescentes preocupações com uma potencial desaceleração econômica, influenciada por políticas tarifárias que afetam a demanda no setor imobiliário.

Conforme revelado pela Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR) nesta quinta-feira, as vendas de moradias caíram 5,9% em março, resultando em uma taxa anual ajustada sazonalmente de 4,02 milhões de unidades. A previsão dos economistas, baseada em uma pesquisa da Reuters, era de que as vendas atingissem 4,13 milhões de unidades.

No comparativo anual, as vendas registraram uma redução de 2,4% em março. Esses números refletem acordos fechados nos meses anteriores, especialmente em janeiro e fevereiro, quando a taxa média da popular hipoteca fixa de 30 anos se aproximou de 7%. Embora tenha havido uma leve queda nas taxas em março, o índice voltou a atingir um pico de dois meses na semana passada.

O clima econômico atual, marcado por incertezas em decorrência das políticas tarifárias variáveis do presidente Donald Trump e taxas já implementadas sobre diversas importações, deve continuar a impactar o mercado imobiliário.

Dados do governo divulgados na quarta-feira mostraram que as vendas de moradias novas alcançaram um patamar recorde em seis meses em março, com o preço médio das casas caindo, uma estratégia das construtoras para reduzir o estoque, que se encontra nos níveis mais baixos desde o final de 2007, período que coincide com a crise financeira global.

Segundo Lawrence Yun, economista-chefe da NAR, “a compra e venda de moradias permaneceram lentas em março, devido aos desafiantes fatores de capacidade aquisitiva relacionados às elevadas taxas de hipoteca”.

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