O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou na quarta-feira, 23, uma possível revisão das tarifas comerciais em um prazo de “duas a três semanas”. Durante suas declarações, Trump afirmou que, na ausência de acordos com determinados países ou empresas, os EUA implementarão tarifas unilaterais que considera “justas” para a proteção econômica do país.
No dia 9 de abril, Trump havia decidido suspender por 90 dias as tarifas recíprocas, com o intuito de facilitar negociações bilaterais. Ele também mencionou a possibilidade de um “acordo especial” com a China.
Trump explicou: “No fim, acho que vamos conseguir ótimos acordos. Se não conseguirmos um acordo com uma empresa ou país, nós iremos definir a tarifa. Estamos lidando com várias questões ao mesmo tempo, mas estamos sendo justos. Pode ser que façamos um acordo especial com a China. Vamos ver como será.”
O presidente admitiu que a tarifa de 145% imposta à China é “muito alta”. Quando questionado sobre a preocupação com os possíveis impactos dessa taxa sobre pequenos negócios americanos e uma possível redução, Trump negou esta possibilidade. “Não, eu não reduzi. A tarifa ainda está em 145%. Ele explicou que essa alíquota elevada significa que a China não está comercializando adequadamente com os EUA, pois muitos produtos se tornam inviáveis com esse acréscimo de custo. “Me dou muito bem com o presidente Xi Jinping e espero que possamos chegar a um acordo. Caso contrário, vamos fixar um preço”, concluiu o presidente.